A bexiga hiperativa é uma condição médica caracterizada por contrações involuntárias e frequentes da bexiga. Isso pode levar a uma necessidade urgente e repentina de urinar (urgência urinária) e, em alguns casos, até mesmo à perda involuntária de urina (incontinência urinária).
Uma condição que pode ser desafiadora, pois esses sintomas podem afetar significativamente nossa qualidade de vida, nossa autoestima e o nosso bem-estar mental causando desconforto e até mesmo nos privando das nossas atividades diárias e convívio social.
Lembre-se “Perder urina não é normal”
Algumas das causas possíveis da bexiga hiperativa incluem:
Envelhecimento: À medida que envelhecemos, a capacidade da bexiga de reter a urina pode diminuir.
Lesões neurológicas: Danos nos nervos que controlam a bexiga, como lesões na medula espinhal, podem levar a problemas de controle da bexiga.
Infecções do trato urinário: Algumas infecções podem irritar a bexiga e causar sintomas de bexiga hiperativa.
Condições médicas subjacentes: Diabetes, doenças neurológicas como por exemplo a doença de Parkinson, doenças do colágeno e outras condições médicas podem estar associadas à bexiga hiperativa.
O diagnóstico geralmente envolve uma história clínica e um exame físico uroginecológico detalhado, podendo ,em algumas situações, serem necessários exames adicionais, como exame de urina, estudo urodinâmico ou ultrassonografia, para descartar outras condições e avaliar o funcionamento da bexiga.
O tratamento da bexiga hiperativa pode incluir:
Mudanças no estilo de vida: Isso pode incluir redução do consumo de alimentos irritantes da bexiga como os que contém cafeína e álcool, frutas cítricas, pimenta, vinagre e outros. Controle do consumo de líquidos, perda de peso e exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
Medicamentos: Existem medicamentos disponíveis para relaxar a bexiga, inibir as contrações indesejadas do músculo da bexiga e reduzir a urgência e, quando presente, a incontinência urinária.
Terapia comportamental: Técnicas como treinamento da bexiga, micções programadas e fisioterapia pélvica com biofeedback podem ajudar a melhorar o controle da bexiga.
Intervenções médicas ou cirúrgicas: Em casos mais graves e refratários ao tratamento conservador, pode ser considerado o uso de neuroestimulação ou aplicação sob anestesia de toxina botulínica (como por exemplo, o Botox) para controlar os sintomas.
- Por Dra. Aline Muniz
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